Após fazer carreira na Península Ibérica, Murilo comenta mudança para o Japão

O atacante brasileiro Murilo Souza passou sete temporadas na Península Ibérica: foram cinco anos e meio em Portugal e um ano e meio na Espanha. Após passagens por Naciona, Braga, Sporting Gijón, Mallorca e Gil Vicente, o jogador acertou a mudança para o futebol japonês, para defender o Kyoto Sanga. Em conversa com oGol, o atleta comentou a escolha. 

“Penso que (escolhi) pela competitividade da liga, o peso que o Japão tem no continente asiático sendo a principal liga, o comprometimento dos clubes e também para viver: sempre fui fã do país, vendo o grande número de brasileiros que já passaram e fizeram carreira por aqui nota-se o quão importante e bacana é jogar essa liga”, garantiu Murilo. 

O brasileiro garantiu ter recebido sondagens “de todos os continentes praticamente”, inclusive de clubes portugueses e espanhóis. Mas escolheu um novo destino para a carreira, apesar de ser grato pelos anos nos países, que trouxeram muitos aprendizados. 

“Acho que Portugal e Espanha me deram algo que todo o atleta quer ter e sonha, que é a paciência, confiança no trabalho e poder viver 100% concentrado no futebol. Foi o que fez eu deixar o Brasil naquele momento em 2017. Acho que o nosso país vivia uma grande crise nos clubes e direções, ninguém confiava em ninguém e para mim, jovem que precisava de sequência de jogos, era bem complicado. Pude desenvolver minhas qualidades, aprender também a ver o futebol de maneira um pouco diferente do Brasil para nós, atacantes. Tive grandes treinadores que me ajudaram a entender, me posicionar e ser decisivo no último terço do campo. Acho que amadureci em todos os sentidos , por isso, os dois países tem o mesmo peso e importância para minha carreira”, contou. 

Murilo relata ter sofrido inicialmente com “um calor diferente” em Kyoto, com temperaturas de 35, 36 graus, e valorizou o ritmo intenso dos treinos e a competitividade da liga. 

“Muita competitividade e intensidade! O resultado pode pender para qualquer time, são jogos decididos até os últimos minutos, os jogadores do país tem qualidade, então ajuda no contexto geral da qualidade da liga”, analisou. 

Com contrato até o meio de 2025, o atacante almeja mudar o patamar do Kyoto. “É um clube jovem e tem ambições, quem sabe possamos fazer história e colocar num patamar diferente”, projetou. 


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  • Greenzaço Esporte Notícias.