85% dos clubes do Brasileirão estão sob alto risco
A maioria esmagadora dos times da Série A está ameaçada de sofrer algum impacto causado por desastres climáticos. De acordo com uma pesquisa encomendada pelo Terra FC, 17 dos 20 times do último Brasileirão podem enfrentar enchentes, inundações, ondas de calor, queimadas e secas.
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- Judes Koundé, Jhon Arias, Federico Valverde, Virgil Van Dijk, Nicolás Otamendi, Granit Xhaka, Félix Torres, Joe Rodon, Jonathan Tah, Joshua Kimmich, Antonio Rüdiger, Bruno Fernandes, Kaique Rocha, Anselmo Ramon, Jonathan David, Mathías Villasanti e William: os jogadores que mais jogaram em 2024
Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul foi devastado por inundações que afetaram todo o estado. Dentre todas as consequências que o evento climático causou, estavam a perda econômica, adiamento de rodadas e o acometimento psicológico dos atletas. No Internacional, além de ter um prejuízo na casa dos 90 milhões de reais, o clube perdeu toda a mobília do Beira-Rio e o gramado do estádio.
Já o Grêmio, viu o aproveitamento como mandante despencar de 77%, em 2023, quando foi vice-campeão, para 50%, em 2024, quando ficou apenas 3 pontos acima da zona de rebaixamento.
A pesquisa encomendada pelo Terra FC, coalizão global entre clubes, grupos comunitários e sociedade civil para mobilizar o futebol em prol do meio ambiente, e realizada pela consultoria ERM (Environmental Resources Management), cerca de 85% dos times do último Brasileirão estão sob alto risco de enfrentar algum impacto climático.
Os quatro grandes do Rio de Janeiro, podem enfrentar inundações. Enquanto 11 clubes estão sob forte ameaça de sofrer com queimadas: Atlético-GO, Atlético Mineiro, Bahia, Corinthians, Cruzeiro, Cuiabá, Fortaleza, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo e Vitória. Enquanto Grêmio e Inter continuam sob forte ameaça de sofrer com inundações.
Apenas Juventude, Criciúma e Athletico Paranaense não correm risco alto de sofrerem com impactos climáticos externos. Mas, podem sofrer danos com risco médio, baixo e muito baixo.
Segundo o sócio da ERM que liderou a elaboração do relatório, Fred Seifert, o levantamento feito é importante para trazer a discussão climática para dentro do meio do futebol, para que o assunto consiga abranger o máximo possível de pessoas.
“Temos poucos estudos com essa abordagem. O mais importante é trazer o futebol para a discussão das mudanças climáticas, o esporte no geral. É uma plataforma interessante de disseminar conhecimento, sobre um tema muito relevante para toda a humanidade. O futebol pode ser impossibilitado, a depender de como as coisas avançarem nesse tema. Precisamos fazer essa discussão com informação científica”, disse.
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Author: Marco Menezes