Existe diferença no guincho de um carro elétrico e um comum?
A crescente popularidade dos carros elétricos em países desenvolvidos contrasta com a realidade brasileira, onde, apesar do interesse crescente, esses veículos ainda estão fora do alcance da maioria. Eles representam uma alternativa mais sustentável comparada aos modelos tradicionais a combustão, mas o custo relativamente alto pode limitar sua popularidade.
De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o mercado de veículos eletrificados, incluindo híbridos e totalmente elétricos, está em expansão. Entre janeiro e outubro de 2021, foram comercializadas 27.097 unidades, um aumento de 74% em relação ao mesmo período do ano anterior, com previsões de ultrapassar a marca de 30 mil unidades vendidas até o fim do ano.
Apesar desses números promissores, a infraestrutura de recarga no Brasil ainda é um grande obstáculo para uma adoção mais ampla dos veículos elétricos. A maior parte dos carregadores está instalada em residências ou em alguns poucos locais públicos, fazendo com que o uso desses veículos seja mais viável para percursos urbanos.
A limitação dos pontos de recarga se torna ainda mais crítica quando se considera a possibilidade de realizar viagens mais longas. A escassez de eletropostos pelo país faz com que a logística de viagens em um carro elétrico exija um planejamento cuidadoso e, muitas vezes, restrinja os proprietários a deslocamentos mais curtos.
Reboque de carros elétricos: diferenças e cuidados necessários
Uma peculiaridade importante dos carros elétricos é a sua incapacidade de serem rebocados da maneira tradicional. Diferente dos veículos a combustão, que possuem um ponto neutro que desacopla a transmissão do motor, permitindo que sejam rebocados sem engajar o motor, os elétricos carecem dessa característica.
Em casos de pane ou falta de carga, o procedimento correto para o resgate de um veículo elétrico envolve o uso de guinchos do tipo plataforma, onde o carro é completamente elevado e transportado. Isso é necessário para evitar danos aos sistemas do veículo, especialmente aos freios regenerativos, que podem ser comprometidos se as rodas permanecerem em contato com o solo enquanto o carro está sendo rebocado.
Os freios regenerativos são uma tecnologia essencial nos carros elétricos, pois permitem a recuperação de parte da energia durante as frenagens, recarregando parcialmente a bateria. No entanto, essa funcionalidade também impõe restrições ao reboque, uma vez que o movimento das rodas pode gerar energia que, se não for gerenciada corretamente, pode levar a danos no sistema elétrico do veículo.
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Author: Henrique Machado