SAF do Vasco: Saiba mais de José Roberto Lamacchia, possível interessado na compra
Venda da SAF do Vasco
Antes de ser afastada do controle do futebol do Vasco pela Justiça do Rio, que atendeu a pedido da diretoria de Pedrinho, a 777 Partners acenou com a possibilidade de venda da SAF do clube e estabeleceu o preço de R$ 600 milhões. O negócio envolve ainda a obrigação do comprador de fazer os aportes previstos no contrato da 777 com o Vasco. Assim, o valor total chega a R$ 1 bilhão.
Até agora, a 777 integralizou 31% das suas ações na SAF. Ou seja, fez aportes correspondentes a 31% dos 70% que detém da SAF vascaína. A empresa fez um empréstimo-ponte de R$ 70 milhões em 2022 e pagou mais duas parcelas de R$ 120 milhões cada em 2022 e 2023, somando R$ 310 milhões. Como o acordo previa o pagamento de R$ 700 milhões por 70% da SAF, o valor de R$ 310 milhões corresponde a 31%.
Ainda no fim de 2023, a empresa já havia recebido contato de interessados no qual nem quis ouvir propostas pela SAF vascaína. Mas a história mudou nos últimos meses, inclusive nas conversas com o dono da Crefisa, José Roberto Lamacchia. A empresa americana avisou que faria negócio se os valores subissem e se aproximassem do dobro do que ela já aportou, ou seja, o valor de R$ 600 milhões.
Quem é José Roberto Lamacchia
Bilionário, marido de Leila Pereira e fundador da Crefisa, José Roberto Lamacchia, de 78 anos, é o principal candidato a comprar a SAF do Vasco da 777. Discreto, o dono da Crefisa é menos conhecido que a esposa.
Nascido em Birigui, munícipio em São Paulo, o empresário fundou a Crefisa em 1966 com o dinheiro da venda de um banco que pertencia ao seu pai. Ele é dono da Crefisa, do Centro Universitário FAM e de outras 12 empresas do grupo.
Ele e a esposa estão juntos há 40 anos. O casal se conheceu em uma festa no apartamento do empresário, em Ipanema, no Rio. Na época, Leila cursava jornalismo e tinha 18 anos. Lamacchia tinha 38 anos.
Incentivada pelo marido, Leila entrou para o mundo dos negócios para se tornar executiva. Em 2008, ela assumiu o comando da Crefisa. Beto, como é chamado pela esposa, acompanha o dia a dia das empresas, mas ao contrário de Leila, quase não aparece na mídia.
O investimento no futebol veio em 2015, depois de batalhar contra um câncer. Palmeirense desde pequeno, Lamacchia foi questionado por Leila Pereira sobre a possibilidade de investir no clube do coração. O empresário gostou da ideia e resolveu iniciar as conversas por um patrocínio.
“Eu tive câncer e me curei. Um dia, tomava café da manhã num clube com a Leila e falava sobre o Palmeiras. Então, ela me questionou: ‘Você gosta tanto do clube, mas o que faz por ele?’. Resolvi patrocinar, então”, disse o empresário em entrevista à ESPN, em 2017.
Amizade com Pedrinho
A parceria do bilionário com Pedrinho é antiga. Além da amizade deles, o presidente do Vasco admira como a empresa e o Palmeiras fizeram a dupla de sucesso nos últimos anos, com um dos maiores patrocínios e investimentos de uma empresa em um clube de futebol no país neste século, resultando em uma ótima gestão e com vários títulos.
“Sou um amigo muito íntimo do seu José Lamacchia, e a Leila para mim é uma referência em gestão esportiva e coragem. Seu José Lamacchia é meu amigo, tem muito interesse em ajudar o Vasco, e a Crefisa é uma empresa séria no mercado”, disse Pedrinho, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (16).
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Author: Michel Diniz de Camargo